quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

' É pra refleti!

Meu nome é Patricia, tenho 17 anos, e encontro-me no momento quase sem forças, mas pedi para a enfermeira Dani, minha amiga, para escrever esta carta que será endereçada aos jovens de todo o Brasil, antes que seja tarde demais. Eu era uma jovem muito bonita, onde praticamente todos "babavam" por mim, principalmente os meninos, criada em uma excelente família de classe média alta de Florianópolis. Meu pai é Engenheiro Eletrônico de uma grande estatal, e proucurou sempre dar para mim e para meus dois irmãos tudo de bom e do melhor, inclusive liberdade que eu nunca soube aproveitar. Aos 13 anos participei e ganhei um concurso para modelo e manequim para a Agência Kasting e fui até o final do concurso que selecionou as novas Paquitas do programa da Xuxa.
Fui também selecionada para fazer um Book na Agência Elite em São Paulo. Sempre me destaquei pela minha beleza física, chamava a atenção por onde passava. Estudava no melhor colégio de "Floripa", Coração de Jesus. Tinha todos os garotos do colégio aos meus pés. Nos finais de semana frequentava shpping, praias, cinemas, curtia com minhas amigas tudo o que a vida tinha de melhor a oferecer às pessoas que são entrosadas, são lindas fisicamente e acabam se "achando".
Mas na vida, o que importa é se dar bem, mas o que é se dar bem?; Como também a vida nos prega algumas peças, o meu destino começou a mudar em outubro de 1994.
Eu, levada pela empolgação da "galera", fui com uma turma de "amigos" para a OCTOBERFEST em Blumenau. Os meus pais confiavam em mim e me liberaram sem mais apego. Em Blumenau, achei tudo legal, fizemos um esquenta no "Bude", famoso barzinho da Rua XV. À noite fomos ao "PROEB" e ao "Pavilhão Galego", tinha um show maneiro da Banda Cavalinho Branco. Aquela movimentação de tanta gente era "maneira". Eu já tinha experimentado algumas bebidas, tomava escondido da minha mãe o Licor Amarula, mas nunca tinha ficado bêbada.
Na quinta-feira, primeiro dia de OCTOBER, tomei o meu primeiro porre de CHOPP. Achei aquela sensação legal, curti a noite inteira "doidona", beijei uns 10 carinhas e porre nem me preocupei com as DST's, que loucura; inclusive minhas amigas colocavam o CHOPP numa mamadeira misturado com guaraná para enganar os "meganhas", porque menor não podia beber; mas a gente bebeu a noite inteira e os "ótarios" não percebiam.
Lá pelas 4h da manhã, fui levada ao Posto Médico, quase em coma alcoólico, numa maca dos Bombeiros. Deram-me umas injenções de glicose para melhorar. Quando fui ao apartamento quase "vomitei as tripas", mas o meu grito de liberdade, e no fundo de "babaquice" estava dado. No dia seguinte aquela dor de cabeça horrível, um mal estar daqueles como tensão pré-menstrual.
No sábado conhecemos uma galera de S. Paulo, que alugaram um "ap" no mesmo prédio, mas como eu era toda entrosada, logo nos juntamos. Nem imaginava que naquele dia eu estava sendo apresentada ao meu futuro assassino. Bebi um pouco no sábado, a festa não estava legal, mas lá pelas 5:30 da manhã fomos ao ap "dos garotos" para curtir o restante da noite.
Rolou de tudo e fui apresentada ao famoso baseado "Cigarro de Maconha" que me ofereceram. No começo resisti, mas chamaram a gente de "Catarina careta", de "ótarios", de "budões", de "fracos" e a gente sem personalidades delineada de saber o que quer, e para não ficar para trás fomos na "onda", achamos que eles mexeram com nossos brios e acabamos experimentando. Fiquei com uma sensação esquisita, de baixo astral, mas no dia seguinte antes de ir embora experimentei novamente. O garoto mais velho da turma o "Marcos", fazia carreirinha e cheirava um pó branco que descobri ser cocaína. Ofereceram-me, mas não tive coragem naquele dia.
Retornamos a "Floripa" mas percebi que alguma coisa tinha mudado em mim, eu sentia a necessidade de buscar novas experiências, e não demorou muito para eu novamente deparar-me com meu assassino "DRUES" ( mistura de mais de um alucinógeno). Aos poucos meus melhores amigos foram se afastando quando comecei a me envolver com uma galera da pesada, e sem perceber eu já era uma dependente química, a partir do momento que a droga começou a fazer parte do meu cotidiano. Fiz viagens alucinantes, fumei maconha misturada com esterco de cavalo (ou seja, eu era a verdadeira ótaria), experimentei cocaína misturada com um monte de porcaria.

Eu e a galera descobrimos que misturando cocaína com sangue o efeito dela ficava mais forte, e aos poucos não compartilhávamos a seringa e sim o sangue que cada um cedia para diluir o pó.
No início a minha mesada cobria os meus custos com as malditas, porque a galera repartia e o preço era acessível. Comecei a comprar a "branca" a R$ 7,00 o grama, mas não demorou muito para conseguir somente a R$ 15,00 a boa, e eu precisava no mínimo 5 doses diárias.
Saía na sexta-feira e retornava aos domingos com meus "novos amigos". Às vezes a gente conseguia o "extasy", dançávamos nos "Points" a noite inteira e achávamos que estávamos "arrasando".
Depois das farras, o meu comportamento tinha mudado em casa, infelizmente meus pais não perceberam logo, só muito depois, mas no início eu disfarçava achando que sairia dessa sozinha, disfarçava dizendo que eles não tinham nada a ver com a minha vida. Comecei a roubar em casa pequenas coisas para vender ou trocar por drogas.
Aos poucos o dinheiro foi faltando e para conseguir grana fazia programas com uns velhos que pagavam bem. Sentia nojo de vender o meu corpo, mas era necessário para conseguir dinheiro.
Aos poucos toda a minha família foi se desestruturando. Fui internada diversas vezes em Clínicas de Recuperação. Meus pais sempre com muito amor gastavam fortunas para tentar reverter o quadro.
Quando eu saía da Clínica aguentava alguns dias, mas logo estava me drogando novamente. Abandonei tudo: escola, bons amigos e família. Em dezembro de 1997 a minha setença de morte foi decretada; após um exame descobri que havia contraído o vírus da AIDS, não sei se me picando, ou através de relações sexuais muitas vezes sem camisinha. Devo ter passado o vírus a um montão de gente, porque os homens pagavam mais para transar sem camisinha. Aos poucos os meus valores, que só agora reconheço, foram acabando, família, amigos, pais, religião, Deus, até Deus, tudo me parecia ridículo quando estava com a galera. Depois da descoberta os "amigos" me abandonaram, fiquei somente com aqueles que sempre disseram que me amavam e eu não deva o devido valor, eles nunca me abandonaram: Meus pais e Deus

Meu pai e minha mãe fizeram tudo, por isso nunca vou deixar de amá-los. Eles me deram o bem mais precioso que é a vida e eu a joguei pelo ralo. Estou internada, com 24Kg, ...horrível, não quero receber visitas porque não quero que me vejam assim, não sei até quando sobrevivo, mas do fundo do coração peço aos jovens que não entrem nessa viagem maluca... Você com certeza vai se arrepender assim como eu, mas percebo que é tarde demais pra mim.

OBS.: Patrícia encontrava-se internada no Hospital Universitário de Florianópolis e descreve a enfermeira Danelise, que Patrícia veio a falecer 14 horas mais tarde que escreveram essa carta, de parada cardíaca respiratória em consequência da AIDS. Por favor, repassem esta carta. Este era o último desejo de Patrícia.
' isso me fez refleti em tanta coisa, tanta coisa que acontece no mundo, tantos problemas que ele tem, e achamos que o nosso é tão grande chegamos a dizir que queremos morrer, mais isso mostra que ele é bem pequeno, um misero problema.

Pense bem antes de agir!

Obrigada a Leidiane que me mostro e me fez refleti bastante!!

BejoS

6 comentários:

  1. ' Yah, que história ne! Eu tbm vou postar essa carta no meu blog!
    Bjão♥

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  2. Nossa,me fez refletir mta coisa.
    às vzes não damos valor as coisas que mais importam,família,amigos...
    e só de pensar em milhões de jovens viciados em drogas,nossa,isso já me parte o coração...
    que pena que qndo ela se deu conta disso,já era tarde demais =/
    beijos ;*

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  3. ' Pra vocês verem que depois de ter feito o erro se tamos conta de tudo.

    Bejoss

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  4. Yasmin valeu, por postar a carta!
    Eu seu qe eu não vou mudar o mundo, mas sei lá pra mim, é uma forma de fazer algo por alguém..
    Obrigada mesmo!
    Bjos ;*

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  5. ' Leidiane, você ajudou muito com a carta, num foi só uma pessoa, foi para todos aqueles que leram, você fez sua parte ;)

    Bejos

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  6. oie sou novo no blogspot ainda nao tenho seguidores gostaria de saber se vc poderia ser minha primeira seguidora

    obrigado beeijo

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